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Ronaldo Bueno

Cinco livros de Clarice Lispector que você encontra na Biblioteca Quindim

Atualizado: 8 de fev. de 2021


Autora de "A Hora da Estrela" completaria 100 anos neste 10 de dezembro. Crédito: Rocco / Divulgação

Clarice Lispector, uma das escritoras brasileiras mais importantes do século 20, completaria 100 anos nesta quinta-feira (10). De família judaica, a autora nasceu na pequena cidade de Chechelnyk, na Ucrânia. Emigrou para o Brasil ainda pequena, em 1922, com seus pais e duas irmãs, devido à perseguição sofrida pelos judeus em parte da Europa.


Aclamada pela crítica especializada como um nome fundamental da literatura brasileira, Clarice é autora de clássicos como A Hora da Estrela, A Paixão Segundo G.H. e Laços de Família. Em homenagem à data especial, o Blog do Quindim preparou uma lista de cinco livros da autora que você encontra na biblioteca do Instituto. Confira:


A mulher que matou os peixes (Rocco Pequenos Leitores, 48 páginas)


A própria autora admitiu: “Essa mulher que matou os peixes infelizmente sou eu. Mas eu juro a vocês que foi sem querer. Logo eu! que não tenho coragem de matar uma coisa viva! Até deixo de matar uma barata ou outra.” É verdade. Então, como foi que isso pôde acontecer? É o que Clarice Lispector conta neste livro original e comovente – verdadeiro canto de amor aos animais. A edição, com capa dura, traz belíssimas ilustrações feitas por Mariana Valente, neta da autora, em homenagem aos 40 anos de sua morte.


A vida íntima de Laura (Rocco Pequenos Leitores, 48 páginas)


Com capa dura e ilustrações do premiado Odilon Moraes, o livro conta a historia de Laura, a galinha que mais bota ovos em todo o galinheiro, mas que é burra de dar dó. Compondo uma personalidade cheia de nuances para sua personagem, Clarice diverte os pequenos sem subestimar sua inteligência.



Como nasceram as estrelas: Doze lendas brasileiras (Rocco Jovens Leitores, 80 páginas)


O livro reúne histórias do folclore nacional, uma para cada mês do ano. A história que dá nome ao livro, por exemplo, conta como, em uma aldeia indígena, travessos curumins deram origem a “gordas estrelas brilhantes”. Ao longo das páginas, lendas indígenas e personagens folclóricos como Pedro Malazarte, Saci-pererê e Negrinho do pastoreio ganham nova vida pela escrita de Clarice, que dialoga com os pequenos com naturalidade e sagacidade de janeiro a dezembro. Para o último mês do ano, a escritora reservou “Uma lenda verdadeira”, em que conta, com uma linguagem colorida de esperança, a história do nascimento do menino Jesus.


Aprendendo a viver (Rocco, 243 páginas)


Seleção das crônicas mais confessionais que a escritora escreveu no Jornal do Brasil, entre agosto de 1967 e dezembro de 1973. Organizado por Pedro Karp Vasquez, o livro reúne uma série de textos em que a escritora conta sua própria vida. É Clarice Lispector na primeira pessoa, detalhando passagens marcantes de sua história, divagando sobre os temas mais variados, revelando particularidades de seu cotidiano e esmiuçando seu processo criativo.






A Hora da Estrela (Editora Rocco, 88 páginas)


Último livro escrito por Clarice Lispector, A Hora da Estrela é também uma despedida. Lançada pouco antes de sua morte, em 1977, a obra conta os momentos de criação do escritor Rodrigo S. M. (a própria Clarice) narrando a história de Macabéa, uma alagoana órfã, virgem e solitária, criada por uma tia tirana, que a leva para o Rio de Janeiro, onde trabalha como datilógrafa. Clarice escreve sabendo que a morte está próxima e põe um pouco de si nas personagens Rodrigo e Macabéa. Ele, um escritor à espera da morte; ela, uma solitária que passou a infância no Nordeste, assim como Clarice.


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